Reforma Tributária: O Impacto nos Prestadores de Serviços — O que Muda?

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Nos últimos dias, muito tem se falado sobre o impacto negativo da Reforma Tributária no setor de serviços. A proposta em tramitação prevê alterações profundas na forma de apuração e pagamento de tributos, que podem representar um aumento significativo na carga tributária para quem presta serviços.

📊 O que vai mudar?

Atualmente, muitos prestadores de serviços pagam uma carga composta por:

  • PIS: 0,65%
  • Cofins: 3%
  • ISS: 5%

Totalizando 8,65% de tributação direta.

Com a reforma, essas contribuições serão substituídas por:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): 9%
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): 16%

Totalizando 25% de carga tributária, um aumento percentual expressivo, aproximadamente 189%, se considerarmos só essa substituição.

Somando os demais tributos que não serão alterados, como:

  • IRPJ: 4,8%
  • CSLL: 2,88%

a carga total vai de 16,33% para 32,68%, o que representa um aumento real de mais de 100%.

⚠ Quais as consequências?

Pejotização: muitas empresas podem passar a contratar prestadores de serviço como pessoas jurídicas para tentar driblar a alta carga.
Informalidade: profissionais podem optar por atuar sem formalização, agravando a precarização do trabalho.
Inflação: com o aumento do custo, muitos serviços podem ter os preços reajustados.

Além disso, atividades intensivas em mão de obra — como escolas, clínicas de saúde, salões de beleza, escritórios de advocacia — serão as mais impactadas, pois a mão de obra não gera crédito no novo sistema de IVA Dual.

💡 A grande questão: a não cumulatividade

No modelo proposto, as empresas podem “descontar” os impostos pagos na aquisição de insumos (o chamado crédito tributário).

Porém, prestadores de serviços costumam ter poucos insumos passíveis de gerar crédito.

Por exemplo:

  • Um salão de beleza pode abater a compra de secadores, tesouras e produtos cosméticos, mas o principal custo — a mão de obra — não gera crédito.
  • Uma advogada pode abater aluguel ou material de escritório, mas seu principal ativo é o próprio trabalho, que não gera crédito.

Resultado: o prestador absorve praticamente toda a nova alíquota, sem muitas possibilidades de compensação.

Ou seja, ou repassa o aumento no preço ao consumidor, ou reduz a margem de lucro.

✅ Quem se salva?

➡ Quem está enquadrado no Simples Nacional — ou seja, pequenos negócios com faturamento reduzido — não será diretamente afetado pela mudança, ao menos inicialmente.

No entanto, a médio e longo prazo, a pressão competitiva poderá impactar até esses pequenos empreendedores, caso os custos do setor como um todo aumentem.

📝 Conclusão

A Reforma Tributária pretende simplificar o sistema, mas pode penalizar setores que dependem intensamente de mão de obra e prestam serviços diretamente ao consumidor final.

Fique atento! Entender as mudanças e se preparar para elas é fundamental para que seu negócio sobreviva e se adapte ao novo cenário tributário.

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