Por Vivi winner
Em muitas empresas, o colaborador que “aguenta tudo” ainda é visto como referência de eficiência. Mas, nos bastidores dessa imagem de produtividade, o que muitas vezes existe é exaustão, ansiedade e um medo constante de dizer: “Eu preciso de ajuda.”
Esse silêncio, alimentado pelo receio de perder o emprego ou parecer incompetente, tem gerado um número crescente de erros, retrabalho e, em casos mais graves, adoecimento emocional.
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O problema não é a falta de competência — é o excesso de pressão
Imagine uma pessoa que trabalha sob pressão constante, lidando com prazos apertados, acúmulo de tarefas e cobrança diária por resultados. Essa pessoa sabe que está chegando ao limite, mas hesita em pedir apoio. O medo de ser vista como fraca, de perder espaço na equipe ou até o emprego, a mantém em silêncio.
O que vem a seguir?
❌Erros.
❌Esquecimentos.
❌Desorganização.
❌E, muitas vezes, culpa.
Mas não é falta de capacidade. É o peso de uma cultura que normaliza a sobrecarga e sufoca o pedido de socorro.
A responsabilidade também é da liderança
Uma gestão que não cria espaços seguros para diálogo, que não escuta ou minimiza os sinais de exaustão da equipe, está contribuindo diretamente para esse ciclo.
Liderar não é apenas cobrar metas. É, antes de tudo, cuidar de pessoas. E isso exige escuta ativa, empatia e ações reais de apoio.
O colaborador que não se sente seguro para dizer “não estou conseguindo” ou “preciso de ajuda” está sendo exposto a um ambiente emocionalmente inseguro — e isso tem um alto custo para todos.
O impacto nos resultados é inevitável
A longo prazo, ambientes assim resultam em:
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Aumento de erros operacionais e contábeis;
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Queda na qualidade das entregas;
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Retrabalho constante;
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Baixa motivação e engajamento;
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Alto índice de turnover.
Ou seja, a ideia de que “pressionar aumenta a produtividade” é um mito que custa caro.
Como romper esse ciclo?
Para gestores:
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Incentive a cultura da transparência e do feedback sem punição.
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Crie momentos regulares de escuta ativa com a equipe.
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Valorize quem tem coragem de dizer “não estou dando conta”, em vez de punir esse gesto.
Para colaboradores:
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Entenda que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, e sim de responsabilidade.
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Mapeie sua carga de trabalho e documente suas entregas.
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Busque apoio antes que o cansaço vire erro, e o erro vire burnout.
Segurança emocional é produtividade real
Quando as pessoas se sentem seguras para falar, elas erram menos. Trabalham com mais foco, mais engajadas e com mais qualidade.
A pergunta que deixamos para reflexão é:
No seu ambiente de trabalho, existe espaço para dizer “preciso de ajuda” sem medo?
Se a resposta for não, algo precisa mudar — e rápido.
📌 Gostou do tema?
Esse assunto também está no nosso podcast Vivi Pra Isso no Spotfy
Ouça o episódio completo “Sob Pressão: Quando o Medo Fala Mais Alto que a Produtividade” e compartilhe com sua equipe.